Ministério da Saúde anuncia dose de reforço da Covid-19 a partir de setembro
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Publicado em 26/08/2021

Público-alvo será de pessoas acima de 70 anos e pessoas com baixa imunidade 

 

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (25) que a dose de reforço (terceira dose) da vacina contra a Covid-19 será ofertada no Brasil. De acordo com a pasta, as doses devem ser enviadas aos estados a partir do dia 15 de setembro e o público-alvo são idosos acima de 70 anos e pessoas com baixa imunidade, os chamados imunossuprimidos. Para o reforço, será usada preferencialmente a vacina Pfizer, mas Astrazeneca e Janssen também podem ser aplicadas. 

 

Esse reforço vale para todo o público-alvo que tomou qualquer uma das vacinas. A dose de reforço é indicada para os idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses. No caso dos imunossuprimidos, eles devem esperar 28 dias após a segunda dose. Os pacientes imunossuprimidos incluem por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.

 

O Ministério também disse que o intervalo entre as doses da Pfizer e Astrazeneca será reduzido a partir de setembro. O governo ainda não detalhou como será feita essa antecipação e disse que uma nova orientação sobre as recomendações será enviada aos gestores em breve.

 

Segundo o ministério, as decisões para a dose de reforço foram tomadas em conjunto com Conass, Conasems e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19. Na semana passada, os diretores da Anvisa recomendaram a dose de reforço em "caráter experimental" para idosos acima de 80 anos  e pessoas com a imunidade comprometida que tomaram a vacina CoronaVac. 

 

No entanto, estudos também apontam que outras vacinas podem perder a proteção e uma dose extra pode ser necessária para algumas pessoas. Uma pesquisa feita no Reino Unido, por exemplo, apontou que a proteção após o esquema vacinal completo da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em até seis meses. No caso da AstraZeneca, a queda foi de 77% para 67% até cinco meses.

 

Confira abaixo o estudo da 3ª dose no Brasil:

 

  • Pfizer: investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.
  • AstraZeneca (nova versão): a farmacêutica desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).
  • AstraZeneca (usada no país): avalia a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.
  • CoronaVac: o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.
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