Casos da variante Mu em Minas Gerais apontam para transmissão comunitária
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Publicado em 04/09/2021

Secretaria de Saúde investiga origem da nova cepa originária da Colômbia no território mineiro

 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) está investigando a origem da variante Mu em Minas Gerais. Os primeiros casos da nova cepa originária da Colômbia no estado foram confirmados nesta sexta-feira (3), mas tudo indica que já exista transmissão comunitária da variante no território mineiro, ou seja, ela já está circulando entre os moradores.

 

A cidade de Guanhães, no Vale do Rio Doce, teve dois casos da Mu, onde as vítimas infectadas não tiveram contato entre si e não fizeram viagem ao exterior. Uma delas, antes de ser contaminada, visitou um município vizinho. Mas a outra permaneceu apenas na cidade, que tem pouco mais de 34 mil habitantes.

 

Como os moradores que testaram positivo não estavam em contato e não fizeram nenhuma viagem ao exterior para países com registro da doença, os casos sinalizam transmissão comunitária, que é detectada quando os casos não têm vínculo epidemiológico com pessoas que chegaram do exterior do estado ou do Brasil.

 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Guanhães, as vítimas infectadas com a Mu foram um homem e uma mulher, de 60 e 65 anos. Elas tiveram sintomas leves, fizeram o isolamento social e se recuperaram da doença sem complicações. Além do município, a variante da Covid-19 também fez três vítimas em Virginópolis. No entanto, o município não passou detalhes e classificou os casos como suspeitos, apesar das confirmações por parte da SES e da Fundação Ezequiel Dias (Funed).

 

A variante B.1.621, ou Mu, é classificada como uma “variante de interesse” segundo indicado pela OMS em boletim epidemiológico semanal sobre a evolução da pandemia. Essa variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas. Ela foi descoberta em janeiro, na Colômbia. Desde então, foi encontrada em outros países da América do Sul e na Europa. A cepa está sendo monitorada, mas não há confirmações se ela é mais agressiva ou transmissível.

 

De acordo com o Estado, as cinco notificações da mu estão sendo investigadas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas). A SES-MG detalhou que “tem ampliado as ações de vigilância genômica do coronavírus e realizado monitoramento rigoroso dos casos suspeitos das variantes de atenção e de interesse identificadas em Minas Gerais, a fim de coibir a disseminação no estado”.

 

A pasta informou que solicita amostragem para avaliar se há circulação de novas variantes em todas as regiões, a partir do acompanhamento dos indicadores que demonstram tendência de aumento de casos da Covid-19. Como estratégia para impedir a circulação das cepas, o Estado está acelerando a imunização contra a Covid. Inclusive, solicitou ao Ministério da Saúde o envio de doses adicionais para atendimento aos municípios de Minas.

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