Agosto Dourado: “amamentar é muito mais do que nutrir, é um ato de amor”, Jessica Carolina
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Publicado em 05/08/2021

Esse é o mês que celebra a amamentação e a Rádio Educativa fez uma matéria completa com mães e consultora especializada

 

 

“O leite materno é o alimento mais completo que o bebê pode receber desde o seu nascimento”. Essa frase foi dita pela Consultora em Aleitamento Materno Anita Graziela. Mas esse não foi o único trecho de destaque sobre esse universo que cria uma relação tão profunda entre mãe e filho. “Amamentação é um dos momentos mais importantes para aumentar o laço afetivo entre mãe e filho”, afirma Anita.

 

A consultora diz ainda que a amamentação protege contra doenças, previne a formação incorreta dos dentes, problemas na fala, proporciona melhor desenvolvimento e crescimento, além de ser um alimento completo, dispensando água e outras comidas até os primeiros seis meses de vida do bebê. Para as más línguas não dizerem que há vantagens somente para o neném, Anita conta que a sucção do bebê reduz o risco de câncer de mama e ovários na mãe. Amamentar também reduz em 13% a mortalidade infantil até os cincos anos, evita diarreia, diminui o risco de alergias, leva uma melhor nutrição do bebê, etc.

 

Jessica Carolina sabe bem desses dados, pois correu atrás de informações assim que virou mãe. Com o primeiro filho, ela se deparou com a falta do leite materno durante uma semana após o nascimento. Depois que o leite desceu, ela decidiu amamentar o Théo, seu primogênito, até os dois anos em livre demanda e até os seis meses de forma exclusiva. Agora, o seu segundo filho está com dez meses e ela tem seguido os mesmos passos que deu com Théo. “Uma das minhas dificuldades é alimentar em local público porque muitas pessoas ainda consideram isso um tabu e, hoje, já consigo encarar a amamentação dos meus filhos como uma forma linda de amor, sem ter que tampar”. Esse tabu deixa muitas mães constrangidas de exercerem um ato natural, que é alimentar o filho. “Amamentar é muito mais do que nutrir, é um ato de amor. Não nutre só o corpo, nutre a mente também”, reflete ela.

 

 

Thaísa Vaz é daquelas mães de primeira viagem que devoram livros, dicas e conselhos dos mais velhos. Ela queria muito amamentar e se preparou para que o sonho se concretizasse, mas mesmo assim ainda se depara com a dificuldade do preconceito, assim como a Jessica. “Às vezes o marido se incomoda pelo lugar que você está amamentando ou a foto que posta amamentando, então acho que é uma dificuldade que as mulheres ainda enfrentam porque a gente não vê dessa maneira. Acho algo tão sagrado você ser alimento pro seu bebê que não consigo ver de outra forma”, explica a mãe da Mariana. 

 

Thaísa tem se esforçado para conseguir conciliar o trabalho com a vida de mãe da Mariana, que está com nove meses. “Chegar em casa e poder amamentar, parece que compensa a minha ausência nessas horas. Quero continuar a amamentação até, pelo menos, um ano. Enquanto for bom para a gente, eu vou prosseguir”, conta. “Nesse momento, parece que tem uma bolha em volta de nós e só tem eu e ela no mundo. O olhar dela para mim me dá a sensação de que sou tudo para ela”, se emociona Thaísa.

 

 

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês estejam em aleitamento materno exclusivo (sem água, sucos, chás, etc) e em livre demanda (hora e quantidade que o neném quiser) até seis meses de idade”, comenta a consultora. Anita complementa dizendo que pode ser dado o leite materno depois da introdução alimentar (a partir dos seis meses) até os dois anos ou mais.

 

DICAS DA CONSULTORA

 

 

Anita explica que as principais dificuldades físicas são a dor e sensação de pouco leite. A dor pode acontecer por ficar com os bicos dos seios rachados ou seios muito cheios. Já a sensação de pouco leite acontece quando “o bebê não suga adequadamente ou a livre demanda não é respeitada. Uma dica que a Anita dá é para que a mãe fique numa posição confortável e garanta que o neném também esteja cômodo para ter uma sucção efetiva.

 

Outro conselho é ler livros sobre pega correta, livre demanda e posturas confortáveis. Fazer parte de grupos de apoios e cursos pra gestantes são muito importantes, além de ter um “acompanhamento de uma consultora de amamentação para conduzir esse processo de amamentar da forma mais tranquila possível”, conclui Anita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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