Possível esquema de corrupção é exposto pelo diretor do Semasa e pelo vereador. Em depoimentos exclusivos para a Rádio Educativa, Lucas explicou a situação
A promotoria de Justiça de Carangola recebeu na última sexta-feira (13), documentos reunidos pelo diretor do Semasa, Vitor Hugo Cosenza, e levados juntamente com o vereador Lucas de Almeida. Esses arquivos comprovam um possível esquema de corrupção e desvio de dinheiro público realizados na gestão passada. “No início do ano, observamos um valor de diárias muito alto na última gestão. Começamos a investigar e expomos a situação para o diretor geral”, revela Lucas. A intenção era que fosse feita uma auditoria interna no Semasa para apurar melhor a questão.
A partir dessa auditoria, foram reunidos arquivos que podem comprovar falsificação de documentos públicos, utilização indevida de diárias, desvio de dinheiro público e lesão ao erário. “Possivelmente, três servidores estão envolvidos. Dois já não trabalham na autarquia mais e uma é servidora efetiva. Isso é um grande problema, principalmente para ela porque temos alguns documentos comprovando que ela fez parte desse esquema. Agora, cabe ao Ministério Público fazer a sua parte e julgar se são ou não inocentes”, afirma Lucas em exclusividade para a Rádio Educativa, que completa: “o papel do vereador, nesse caso, foi cumprido, que é fiscalizar e abrir a denúncia”.
Segundo ele, as seis denúncias que levaram ao Ministério Público “é apenas a ponta do iceberg”. “Observamos que foi uma lesão muito grande para uma autarquia do tamanho da nossa. Hoje, o Semasa tem, aproximadamente, 1 milhão e 700 mil reais de dívida”, explica. Ainda de acordo com o vereador, a instituição teve que realizar um aumento na tarifa este ano porque os valores gastos mensalmente não pagam os arrecadados.