Anvisa rejeita uso da Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos
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Publicado em 19/08/2021

Agência aponta que ainda faltam dados para confirmar segurança da aplicação neste grupo etário

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) formou maioria para negar aval para uso da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Técnicos da agência apontaram que ainda faltam dados para confirmar segurança e eficácia da aplicação das doses neste grupo.

A relatora do processo Meiruze Sousa Freitas também recomendou que o Ministério da Saúde avalie o uso de dose de reforço (terceira dose) para pessoas de grupos de maior risco, como idosos acima de 80 anos e pacientes imunocomprometidos, que receberam duas doses da Coronavac.

4 dos 5 diretores já acompanharam a relatora. O último voto será do presidente do órgão, o contra-almirante da reserva Antonio Barra Torres, que deve confirmar o parecer. Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, a Coronavac está autorizada para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro deste ano para maiores de 18 anos.

"Portanto, a relação de benefício e risco é desfavorável para o uso da vacina nesta população (de crianças e adolescentes). O que estamos apresentando aqui é um retrato do momento. Dados adicionais, mais robustos, podem ser apresentados para que a gente reconsidere essa sugestão", disse o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da agência, Gustavo Mendes. Meiruze disse que apesar de não haver comprovações da eficácia da vacina nesse público, a medida pode ser importante para frear o avanço da variante delta. 

 

A única vacina que está autorizada a ser aplicada em adolescentes (a partir de 12 anos) é a Pfizer. A medida foi aprovada depois que a Pfizer apresentou estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este público.

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