De acordo com dados levantados, índice é o melhor desde o ápice da pandemia em 2020
Dezenove capitais brasileiras têm nesta semana menos da metade de seus leitos da UTI ocupados com pacientes de Covid-19 na rede pública. O levantamento foi realizado pelo jornal Folha de São Paulo junto às Secretarias de Saúde, e de acordo com os dados, o cenário é o melhor desde o agravamento da pandemia no Brasil, no primeiro semestre de 2020, e é constatado que estamos num momento de avanço na vacinação em todo o país.
De acordo com o mapa da vacinação disponibilizado pelo G1, até esta quarta-feira (01), 61,96% da população brasileira já foi imunizada com a primeira dose e 29,79% já está imunizada por completo, inclusive aqueles que tomaram dose única (vacina Janssen).
Com a redução de pacientes internados em estado grave, muitas capitais têm desativado leitos nas últimas semanas, mas há locais em que os índices ainda geram muita preocupação, especialmente diante do avanço da variante delta no Brasil. É o caso do Rio de Janeiro, que tem 96% das vagas ocupadas, índice superior aos 95% de duas semanas atrás. Na capital carioca, a variante Delta já corresponde a 96% das amostras analisadas. Em outras capitais, os índices, ainda que baixos, também subiram. Já em Belo Horizonte, o cenário encontrado não é tão favorável. A capital mineira é uma das sete com mais da metade das vagas em uso, ao lado de cidades como Goiânia, Rio, Curitiba e Porto Alegre.
Entre as 19 capitais que estão com índices de ocupação menores que 50% nos leitos da rede pública, oito têm menos de 30% de ocupação. São elas: Vitória, Natal, Salvador, Florianópolis, Maceió, Macapá, João Pessoa e Rio Branco.
Em São Paulo, 36% das vagas da UTI estão ocupadas, com oscilação negativa de um ponto percentual. A partir desta quarta (1), parte dos leitos destinados ao tratamento da Covid passou a ser revertida para outras enfermidades. A cidade conta com 790 leitos de terapia intensiva para a doença, ante os 1445 do auge da pandemia.