Muitos já passaram pela Regina Pacis e tantos outros ainda se deleitam dos prazeres que é fazer parte
Não é todo mundo que pode dizer que interpretou Jesus na Escola Servita Regina Pacis. Pedro Henrique Nunes (32), mais conhecido como Pedro Sol, não só já atuou no papel do filho de Maria como fez história no pátio e salas do colégio.
Pedro foi aluno da escola durante seis anos e, apesar de ter aproveitado cada segundo da sua adolescência lá dentro, ele afirma que entrou obrigado pela mãe. “O principal sentimento que tenho pela Regina Pacis é a gratidão… tanto pela minha mãe, que me colocou contra a minha vontade, quanto pelos professores, irmãs e funcionários em geral que fazem a gente se sentir acolhido”, relembra ele que afirma que só foi obrigado porque era muito “arteiro" e tinha receio do regime rígido que encontraria por lá. Mas pra quem começou assim, sem querer estar no colégio, Pedro se saiu muito bem porque até Garoto Servita ele foi.
“As melhores memórias que tenho de lá são os eventos esportivos, minha participação como Jesus e o Garoto Servita. Quem me conhece sabe que não tenho muitas características para um título desse, mas acredito que fui escolhido porque eu abraçava as atividades. Foi muito divertido, embora eu tenha sido advertido aquele dia”, conta entre uma risada e outra. Arteiro que só, como ele mesmo se define, apareceu no desfile para Garoto Servita apenas de sunga e camisa aberta. “Aí a irmã veio até mim: ‘o que você está pensando que está fazendo? É desfile, mas não precisa ser pelado’. Eu disse que não estava nu, mas nem discuti muito porque, no fundo, eu sabia que ela tinha razão”, explica. Ele, “que não é bobo nem nada”, levou uma calça na mochila e prontamente a colocou pra participar do desfile. E não é que, apesar do tropeço nos bastidores do evento, ele levou a faixa de Garoto Servita?!
A Regina Pacis não é pano de fundo só das estripulias de jovens. O que é aprendido lá dentro se torna referência para a vida de adulto que vem logo a seguir do 3º ano. “A maior herança que vou levar são os valores. Não são apenas as lembranças, é aquilo que está no nosso interior… É conversar de igual pra igual, seja jardineiro, secretária, professor ou diretora, não importa. Todos somos iguais. Não importa o que você tem ou não tem. A ideia é compartilhar e amar. Levo isso a ferro e a escola foi fundamental para eu enxergar dessa maneira”, conclui.
Com certeza, Pedro não é o único que carrega na mala da vida os valores aprendidos ali dentro, as histórias divertidíssimas que marcaram a infância e adolescência, e, claro, as pessoas que você leva no peito mesmo já tendo se formado na Regina Pacis há mais de uma década.