Menina brasileira de 8 anos mapeia 23 asteroides e pode se tornar a pessoa mais jovem do mundo a realizar descoberta
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Publicado em 02/10/2021

Alagoana Nicole Oliveira é apaixonada pelo espaço sideral e ensina  o assunto a outras crianças na internet

 

Uma menina alagoana de 8 anos pode vir a se tornar a pessoa mais jovem do mundo a descobrir corpos rochosos. Nicole Oliveira já tem uma carreira em formação e já conquistou o título de astrônoma amadora. A menina já mapeou 23 asteroides. As duas primeiras descobertas espaciais aconteceram no ano passado, quando Nicole foi aprovada no projeto Caça-asteroides, do International Astronomical Search Collaboration (IASC) — programa de amplitude nacional da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), que ensina ciência na prática em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A paixão da menina pela astronomia mobilizou a instituição que, desde então, alterou suas políticas de participação e faixa etária. Assim, Nicolinha (como é carinhosamente conhecida) se tornou a pessoa mais jovem a integrar a equipe e abriu espaço para mais crianças que desejam seguir o mesmo caminho.

 

A impossibilidade de estar junto aos amigos presencialmente no IASC durante o período de pandemia da Covid-19, instigou Nicole a criar o seu próprio Clube de Astronomia infantil online. Em um ano, a iniciativa conta com a participação de 72 crianças de diferentes regiões do Brasil, que aprendem junto a ela e especialistas do programa da NASA curiosidades do espaço sideral. Outros projetos criados pela futura engenheira aeroespacial foram canais no YouTube e Instagram, também usados para difundir a ciência. Juntas, as redes somam mais de 23 mil seguidores.

 

Outras conquistas da pequena astrônoma são as co-criações de três livros, os quais ela publicou crônicas autorais sobre o sistema solar e o planeta Saturno. Para o futuro, ela almeja que alguns dos asteroides descobertos por ela sejam inéditos, a fim de que possa receber o título de mais jovem astrônoma do mundo e homenagear os corpos rochosos com nomes dos familiares e duas inspiradoras cientistas brasileiras: Duília de Mello e Rosaly Lopes. O processo de reconhecimento dos asteroides será feito pelo Comitê Permanente Interinstitucional da NASA e pode levar de três a dez anos.

 

Para Nicole, é um prazer ser referência e inspirar outras pessoas na ciência. Segundo ela, que atualmente cursa o terceiro ano do ensino fundamental, acima de todas as suas vontades, o maior sonho é que todas as crianças do Brasil tenham acesso à ciência e à educação de qualidade. “Meu sonho é descobrir vários asteroides, trabalhar na Nasa, estudar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Mas eu quero muito mesmo que todas as crianças também possam sonhar com tudo isso.”

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