Medidas de proteção permanecem obrigatórias e distanciamento é de 0,9 metro
O Centro de Operações de Emergência de Saúde (Coes), da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), aprovou, nesta sexta-feira (8), a 5ª versão do Protocolo Sanitário de Retorno às Atividades Escolares Presenciais. A principal modificação é o aumento, para 100%, da capacidade de indivíduos nas salas de aula e nos demais espaços de ensino, e também no transporte escolar. Anteriormente, a capacidade permitida era de 50% nos espaços escolares. Agora, os locais podem ter todos os estudantes, desde que seja mantido o distanciamento de 0,9 metro entre os alunos nos ambientes da escola. O uso universal de máscaras e as demais medidas de proteção permanecem como obrigatórias para instituições públicas e privadas.
De acordo com a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas), Eva Lídia Arcoverde, em entrevista à Agência Minas, diversos fatores influenciaram a nova versão do protocolo. “O cenário epidemiológico apresenta, hoje, alguns fatores importantes como a vacinação dos trabalhadores da educação e da população em geral, a aplicação dos imunizantes em adolescentes de 12 a 17 anos, a redução da incidência de casos, óbitos e internações, inclusive com queda das taxas de ocupação de leitos”, enumerou.
A coordenadora completa que esses fatores que fazem ponderar sobre os benefícios da maior presença de alunos no ambiente escolar, tendo em vista os prejuízos psicossociais e cognitivos causados pela pandemia. Outros pontos ressaltados por Arcoverde são a segurança em relação à presença dos alunos e a incorporação de outras atividades à rotina escolar, como o empréstimo de livros.
“Devido a novas evidências de que a transmissão por objetos é secundária, foi possível o retorno do uso normal de livros e dos empréstimos da biblioteca sem a necessidade de aguardar cinco dias para pegar outro volume. Objetos como computadores, tablets e eletrônicos poderão voltar a ser usados, mantendo as medidas de higiene e de proteção”, explica a coordenadora do Cievs-Minas.