Postos de combustível de MG ficam desabastecidos um dia após paralisação dos distribuidores
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Publicado em 22/10/2021

O governador Romeu Zema já reuniu com autoridades para solucionar a variação dos preços

 

 

Postos de combustíveis de Minas Gerais estão com o estoque reduzido e lidando com problemas de desabastecimento em função da greve dos tanqueiros, iniciada no Estado e em outras regiões do país na madrugada desta quinta (21). A informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais, o Minaspetro. Essa greve já está impactando no abastecimento de veículos que circulam por Belo Horizonte no início da manhã desta sexta-feira (22). 

 

De acordo com o Minaspetro, todas as regiões do Estado já estão sendo prejudicadas, uma vez que a base em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, "é estratégica para a distribuição de combustíveis estadual”. Não há detalhes sobre percentual de desabastecimento de postos.

 

Ainda assim, o Minaspetro recomenda à população que não faça uma corrida aos postos, pois essa ação é a principal geradora da falta de combustíveis. Em nota enviada à imprensa, o sindicato informou que entrou em contato com o governo Estadual e que "solicitou que o pleito dos caminhoneiros fosse atendido” e que segue monitorando a greve, sendo ”solidário ao pleito dos caminhoneiros." Finaliza, completando, que "a greve não é a melhor solução para o problema, uma vez que a paralisação prejudica a população e gera ainda mais incertezas no mercado de combustíveis já em crise nacional".

 

GOVERNADORES DISCUTEM PROJETOS ACERCA DE PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

 

Depois do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG) anunciar a paralisação de transportadoras de combustíveis no estado, o governador Romeu Zema se reuniu para tratar do assunto nesta quinta-feira (21). O encontro virtual contou com governadores e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir projeto que altera regra do ICMS sobre combustíveis.

 

De acordo com o Zema, foi debatida a proposta de criação de um fundo de equalização dos preços de combustíveis, que seria uma forma de compensação da variação dos preços, a exemplo do que é feito em outros países. “Essa lei que está tramitando afeta duramente a arrecadação dos estados e municípios. E ela não corrigirá o problema, uma vez que o que tem afetado o preço dos combustíveis é a variação do câmbio e o preço internacional do petróleo. Se esse projeto for aprovado no Congresso do jeito que está, e amanhã o petróleo e o câmbio subirem de novo, tudo o que está sendo feito não servirá para nada. Então essa medida não é a solução”, explicou o governador de Minas Gerais.

 

Segundo o Zema, haverá uma nova reunião com governadores, o presidente do Senado e o da Petrobras e representantes do Ministério da Economia para tratar da criação do fundo de compensação.

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