Após toda a repercussão negativa que foi encarada como censura por vários cidadãos e até mesmo dentro do próprio TSE, o PL pediu que a ação fosse retirada

No último final de semana, o festival de música Lollapalooza ocorreu em São Paulo. No evento, artistas se posicionaram contra o atual presidente e, logo, o partido de Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), entrou com um pedido no TSE dizendo que essas manifestações políticas eram propaganda eleitoral antecipada. O ministro do TSE, Raul Araújo, acatou a medida e estipulou uma multa de R$ 50 mil para o festival para cada vez que a proibição for desobedecida.

Mesmo após essa decisão do TSE, os artistas continuaram utilizando do direito da liberdade de expressão, já que nem eles e nem o festival têm alguma ligação político partidária. “A T4F não possui qualquer filiação político partidária e reafirma seu compromisso em promover eventos artísticos de qualidade para todos os públicos. A decisão proferida pelo Ministro Raul Araújo será discutida nos autos do processo, através dos recursos disponíveis”, se posicionou a empresa produtora do Lollapalooza em comunicado.

AÇÃO RETIRADA

Porém, após toda a repercussão negativa que foi encarada como censura por vários cidadãos e até mesmo dentro do próprio TSE, o PL pediu que a ação fosse retirada nesta segunda-feira (28). 

De acordo com matéria do site Istoé Dinheiro, “aliados dizem que Bolsonaro não foi consultado sobre a medida jurídica e, contrariado com a reação negativa nas redes sociais e até dentro do TSE, pediu ao partido que voltasse atrás. […] A liminar repercutiu mal dentro do TSE, como mostrou a reportagem, e também no meio político. Autoridades viram restrição descabida à liberdade de expressão e criticaram Araújo pela decisão monocrática.”