22 de fevereiro de 1998, domingo de Carnaval. Essa é a data que mudou a vida de 120 famílias para sempre. Quem acompanhava os jornais na época viu centenas de pessoas desabrigadas após o prédio Palace II desabar na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mais de duas décadas depois (24 anos), o STJ concluiu o caso. 

As 120 famílias que moravam no Palace II vão dividir uma indenização de cerca de R$ 30 milhões (em torno de R$ 250 mil para cada). Após a decisão do STJ feita na última terça-feira (7), o processo retorna ao Tribunal de Justiça do Rio e vai ser encaminhado a um contador para dividir o valor. 

Esse dinheiro vem de um terreno leiloado em 2017 e pertencente aos empresários Luiz Estevão, Sérgio Naya (morto em 2009) e Paulo Octávio, na empresa LPS. De acordo com o Memória Globo, o prédio foi construído pela Sersan, de propriedade do então deputado federal Sérgio Naya (Partido Progressista Brasileiro, PPB-MG). A construção “tinha graves defeitos de estrutura e acabamento e, por isso, havia sido interditada pela Defesa Civil. Apesar do risco, 30 moradores buscavam seus pertences quando aconteceu o desabamento. Oito pessoas morreram soterradas”.