Na noite desta segunda-feira (27), iniciou um incêndio no 10º andar, ala de CTI, da Santa Casa de Belo Horizonte, no bairro Santa Efigênia. Todos os pacientes internados no local (931 no total) foram deslocados para fora do hospital e 15 foram transferidos.
O diretor jurídico da Santa Casa, João Costa, deu uma entrevista coletiva, ainda ontem, para atualizar a imprensa sobre o ocorrido. “No momento, nós temos 563 brigadistas. Só nesse andar temos 13 brigadistas que atuaram diretamente e imediatamente. Agora é um pesar, é um acidente grave que nós não esperávamos que ocorresse e aí toda a nossa equipe, médicos, técnicos, enfermeiros, funcionários em geral atuaram e continuam atuando no sentido de organizar para a gente retomar o serviço”, explicou.
“A gente ainda não tem uma posição técnica final, mas sabemos que do início e do que gerou um pouco mais do próprio incêndio, é a existência de oxigênio, que é um componente importante que os pacientes utilizam”, disse João acerca do que motivou o incêndio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, tudo realmente teria começado em uma saída de oxigênio em um dos quartos do 10º andar.
Mais de 950 pessoas foram evacuadas às pressas e dois pacientes morreram, porém ainda não há ligação entre a inalação da fumaça ou queimaduras com a morte deles. “Não houve nenhum tipo de óbito em decorrência direta do incêndio. Nenhuma pessoa que, por uma questão de queimadura, por inalação de fumaça ou por outro produto da combustão, ela tenha se transformado em óbito. O que ocorre é que, durante o momento de transferência, houve alguns óbitos já confirmados de vítimas que, pelo fato do 10º andar ser de Centro de Terapia Intensiva existiam várias vítimas graves, e algumas dessas vítimas vieram a óbito nesse momento da transferência. O que a direção do hospital realiza neste momento é a investigação, esses corpos vão ser conduzidos ao IML para que possa ser verificado se o óbito foi em decorrência da transferência ou do próprio quadro de saúde que esses pacientes apresentavam”, afirmou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, ao G1.