De acordo com análise feita pela Organização das Nações Unidas, o Brasil teve 61 milhões de habitantes com dificuldades para conseguir se alimentar entre 2019 e 2021. Esse número reflete a quantidade de brasileiros que não têm certeza de quando farão a próxima refeição juntamente com os que passam fome. Só neste último e mais grave caso, são 15 milhões de pessoas. Segundo o levantamento, o Brasil está pior do que a média global. “Entre 2014 e 2016 eram menos de 4 milhões em insegurança alimentar grave”, afirma matéria do G1.

O Mapa da Fome não era divulgado desde 2015 pela a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), quando o Brasil conseguiu sair da lista. Mas, pelos números divulgados agora, o país está de volta ao Mapa da Fome desde 2018. Para um país entrar nessa lista é preciso ter mais de 2,5% da população enfrentando falta crônica de alimentos. Nesse tópico, o Brasil atingiu o percentual de 4,1% agora. 

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, acredita que falta investimentos em políticas públicas para trazer soluções permanentes. “A fome é uma tarefa de todos, mas também temos que gerar um esquema de diminuir riscos. Como? Se as políticas públicas estão dirigidas a fomentar a criação de empregos remunerados que gerem renda para as famílias, uma grande tarefa é investir para criar empregos e gerar estabilidade econômica na sociedade”, sugere ele.