Motoristas que não dão seta ao virarem nas ruas, passageiros sem cinto, pessoas que causam acidentes e não prestam ajuda. Essas são só algumas das situações corriqueiras presenciadas no trânsito de Carangola. Quem trabalha ou mora em ruas de grande movimentação se torna sempre vítima ou testemunha ocular dessas faltas graves.
“Tem acontecido com uma certa regularidade acidentes perto do meu local de trabalho. Veículos grandes, ao fazerem a curva no cruzamento das ruas Cel. Adolfo de Carvalho com Marechal Deodoro, normalmente batem na marquise do prédio e nos carros estacionados nessas ruas; há colisões entre veículos e até mesmo atropelamentos”, conta o agente de viagens Eduardo de Azevedo.
“Recentemente uma criança/adolescente estava voltando da escola de bicicleta e foi atropelada por um automóvel SUV de cor branca, que fez o cruzamento sem utilizar a seta, acertando em cheio a bicicleta. Por sorte, a criança/adolescente se levantou sem sofrer ferimentos graves. Outro acidente preocupante ocorreu entre uma motocicleta e um veículo. A motociclista sofreu alguns ferimentos e ficou bem assustada com o ocorrido, tendo sido socorrida pelo SAMU e encaminhada ao Pronto-socorro para atendimento médico”, relembra Eduardo.
Para ele, a solução pode começar com a conscientização de motoristas e pedestres porque há muitos “desatentos” causando acidentes. Outra opção seria “estudar a possibilidade de colocar novos redutores de velocidade em determinados lugares, assim como foi feito recentemente próximo à Escola Servita Regina Pacis e Igreja Batista.”
Além dos acidentes, mais frequentemente presenciados no Centro da cidade, quem acaba pagando pelo mau planejamento das ruas é que mora em bairros mais afastados, como o auxiliar de escritório de contabilidade Henrique Menicucci, que mora no Coroado. A rua que habita é a Dr. Paulo Pacheco e é de mão dupla embora seja muito estreita, como várias naquela localidade. Esse é um dos maiores problemas que ele acaba enfrentando diariamente ao chegar em casa. “Quando dois veículos estão no sentido contrário, por não ser mão única, têm que ficar estacionados em cima das calçadas. Fora um buraco de um bueiro que a prefeitura nunca arrumou”, relata ele.
FISCALIZAÇÃO
Em Carangola, a responsável por fiscalizar e punir os causadores de acidentes e infrações de trânsito é a Polícia Militar. Em conversa com a Rádio Educativa, o PM Heigon Vital explicou que os policiais podem dar multas em diversas situações como: blitz planejadas, abordagens policiais de rotina, durante o patrulhamento preventivo ou ponto-base.
Para casos sem vítima que o automóvel ou bicicleta foi danificado, as partes podem entrar num consenso ou, se não houver um acordo, “o ideal é realizar o registro do boletim de ocorrência do acidente pela delegacia virtual, no site da Polícia Civil, ou, em caso de dificuldade para acessar meios digitais, deve acionar a PM via 190 e solicitar o registro”, diz Vital.
“Posteriormente, o envolvido no acidente que se sentir prejudicado pelos danos nós veículos deve pegar esse B.O. impresso e procurar um advogado ou comparecer ao Juizado Especial (pequenas causas) com toda documentação comprobatória dos fatos, e ajuizar uma ação cível contra a pessoa que causou os danos. […] Se nenhum envolvido procurar o judiciário, não tendo acordo, fica impossível ser ressarcido”, completa o PM que ainda informa que “quando o acidente é sem vítima, não há necessidade de registro [do B.O.]”.
Nesse caso, qualquer um pode ligar para a PM e para o SAMU (no número 192), a fim de que a situação seja resolvida e a vítima socorrida.
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Anote aí o que é o ideal ter em mãos na hora de chamar a PM:
- Placa do veículo e/ou marca/modelo do veículo;
- Cor do veículo;
- Características dos condutores dos veículos (físicas e roupas que usam);
- Rota de possível fuga (quando há fuga).
A Rádio Educativa entrou em contato com o setor de trânsito da prefeitura de Carangola, porém não houve resposta até o fechamento desta matéria.