O dia 24 de outubro foi a data oficial da beatificação da Benigna Cardoso da Silva, do interior do Ceará. A brasileira tinha 13 anos quando um rapaz de 17 tentou estuprá-la. Com a recusa da menina, ele a assassinou brutalmente com golpes de facão em outubro 1941. Depois disso, ela se tornou um símbolo de católicos cearenses.
Em 2019, o Papa Francisco autorizou a beatificação da Benigna, que é a primeira beata do Ceará e a quarta mártir do Brasil. Hoje, ela é vista como símbolo da resistência contra feminicídio e violência sexual contra crianças e adolescentes.
“Ela se relacionava bem com todos, era gentil, muito educada, não usava de palavrões e se ocupava responsavelmente com os estudos. Nela, se destacava a simplicidade e a prudência. Sua fama de santidade e martírio é justa”, conta Raimundo Alves Feitosa, de 98 anos, que conviveu com a mártir. Ele foi uma das testemunhas que deram depoimento ao Vaticano no processo de beatificação, de acordo com matéria do g1.
A cerimônia de oficialização estava marcada para 2020, porém, por causa da pandemia de Covid-19, foi adiada para esta segunda-feira (24).