Dos 853 municípios, 742 têm alto risco de voltarem a ter crianças menores de 2 anos com doenças infecciosas que eram comuns no país nos anos 1970. Isso ocorre por causa da baixa na procura das vacinas pelos responsáveis dos bebês.
Para melhorar os índices de imunização, o governo de Minas de Gerais lançou uma campanha para conscientizar a população na televisão, rádio e internet. A propaganda começou a ser divulgada no último domingo (27) e traz o depoimento do Carlos Eduardo Rodrigues Vale, de 49 anos, que teve poliomielite aos 2 anos, época em que a vacinação contra a doença ainda não era difundida.
“A vida continua, sem dúvida nenhuma. Acredito que mesmo uma pessoa com sequelas pode almejar a felicidade, mas é dever dos pais corroborar para que a felicidade seja plena, com saúde, sem situações adversas. E a vacina é sim um dos mecanismos que faz com que essa trajetória seja muito mais leve, sem outras complicações que possam, de repente, não só desfazer o sonho de quem não foi vacinado, mas de um pai e uma mãe que veem o filho nesta situação”, diz Carlos Eduardo, que perdeu o movimento das duas pernas por causa da pólio. Veja o vídeo abaixo:
CAMPANHA CONTRA POLIOMIELITE
A campanha de vacinação contra a pólio foi prorrogada duas vezes pelo governo com o intuito de alcançar meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. Em Minas Gerais, apenas 881.235 mil crianças com idades entre 1 e 4 anos foram vacinadas, o que equivale a 84,30% do público estimado.