O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Penalidade Máxima 2 para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão por manipulação de resultados em jogos da Série A e de estaduais.

Há suspeitas de que um grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos cinco jogos da Série A de 2022, bem como em cinco partidas de estaduais pelo Brasil, dentre eles os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados. Um dos alvos é o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense.

A operação é realizada pelo MP-GO por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).

Trata-se de desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 a qual resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.

Horas depois de ter deflagrado a segunda fase da operação, nesta terça-feira, o Ministério Público de Goiás anunciou quais são os seis jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022 sob suspeita de manipulação.

Nove jogadores foram alvos de mandados de busca e apreensão. O portal Globo Esporte identificou quatro deles: os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, e Kevin Lomónaco, do Bragantino, o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS.

Quatro dos cinco jogos suspeitos ocorreram na rodada 36 do torneio. Os promotores afirmam que não é possível afirmar ainda se os jogadores de fato receberam dinheiro para adulterar os resultados. Mas confirmaram que houve ofertas por parte de apostadores.

– Desde que a investigação se iniciou em novembro foi centralizada em três partidas, agora são 11 no radar, mas não descartando outros jogos que possam ter sido manipulados – afirmou o promotor Fernando Cesconetto.