“Era um sopro de esperança para aquelas pessoas que estavam fragilizadas”, fundador do AUPS
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Publicado em 25/03/2021

A enchente despertou um sentimento único de coletivo e empatia com o próximo. Foi nessa situação de calamidade pública que o AUPS nasceu

 

 

Foi no final de fevereiro que Carangola foi destruída por uma das piores enchentes já vividas por aqui. Diante desse momento delicado, um quarteto levantou a poeira e foi acender a luz lá fim do túnel. 

 

Em uma conversa despretensiosa dentro de casa, os irmãos Ramon e Carina Bevilacqua falavam junto com a influencer digital Cacá Pereira e o fisioterapeuta Admardo Meireles sobre a necessidade de ajudar ao próximo. “Percebemos que as pessoas perderam muita coisa, não tinham água, não tinham comida. Aí pensamos que pelo menos água e comida a gente conseguiria dar para essas pessoas nos dias que elas mais precisassem. Queríamos acalentar os corações delas para conseguirem se reerguer, voltar para suas casas, etc. Era um sopro de esperança para aquelas pessoas que estavam fragilizadas”, comenta o engenheiro espacial Ramon.

 

Ele e a fisioterapeuta Carina já tinham feito ações como essa no ano passado, quando Carangola foi atingida pela enchente em janeiro. Mas, agora, o projeto ganhou uma proporção tão grande que se tornou um grupo chamado Amigos Unidos em Projetos Sociais (AUPS). 

 

 

O quarteto começou toda essa história engatinhando após a água destruir casas em 2021. Primeiro ofereceram uma janta, depois viram que conseguiriam dar almoço também e, por fim, estavam distribuindo almoço, lanche e janta para as pessoas afetadas pela maior enchente que teve em Carangola. Em paralelo, começaram a distribuir água, roupa, produtos de limpeza, de higiene pessoal e fralda para a população. “Varginha, Porcelana, Santo Onofre e Santa Emília foram os bairros que mais visitamos e mais tentamos sanar os problemas”, relembra.

 

“O nosso interesse principal sempre foi suprir as necessidades das pessoas atingidas pela enchente. Só que a partir do ponto que recebemos um pouco mais, tínhamos a responsabilidade de passar isso pra frente, de dar sequência a isso”, conta Ramon.

 

 

AJUDANDO OS ANIMAIS

 

Eles querem abranger suas ações solidárias dando um suporte para todos aqueles cidadãos que o poder público não consegue ajudar. Os animais, inclusive, já eram um dos focos deles desde o início, quando davam ração tanto para as famílias que tinham animais de estimação quanto para os de rua.

 

A Cacá foi uma das fundadoras que mais se preocupou e incentivou a ajuda aos pets. “Ela é muito ativista nesse ponto, então fazia questão de ter ração em todos os carros para levar as doações. Recebemos muito remédio e levamos veterinário para dar esse atendimento”.

 

 

COMO FAZER PARTE DO PROJETO

 

“Hoje a AUPS já tem uma organização melhor. Temos um Instagram para as pessoas entrarem em contato e fazerem suas doações ou nos informarem sobre quem está precisando de ajuda. Quem quiser integrar nossa equipe, estamos abertos. Normalmente, estamos na igreja Nossa Senhora Aparecida, no Triângulo, mas pode entrar em contato conosco pelas redes sociais também. Qualquer tipo de ajuda é bem-vinda”, convida Ramon. Eles recebem doações de produtos/comida como também de dinheiro através da vaquinha virtual do AUPS.

 

Essa história começou a ser escrita a partir de um pequeno grupo de amigos. Um chamou o outro, que o vizinho do outro curtiu a ideia e quis aderir ao movimento, e assim nasceu o AUPS, esses Amigos Unidos em Projetos Sociais. “Todo esse sentimento causado pelas ações não veio da gente, os líderes, veio das pessoas que estavam lá conosco, de quem estava apoiando por trás, das pessoas que doaram na vaquinha de forma anônima, de forma despretensiosa”, finaliza Ramon agradecendo a ajuda de todos que, do seu jeitinho, fazem parte desse grupo solidário.

 

 

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