Padre Willis, coordenadores da comunidade e cristãos falam sobre a importância da igreja
Dia 12 de abril de 2014, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida nascia depois de um período realizando as missas meio ao chão de terra, amigos reunidos em celebrações sem bancos e uma iluminação ainda precária. Marcília Cristina Soares é uma das coordenadoras da comunidade e viu esse nascimento de pertinho. “Ver a construção da igreja, aos poucos, foi me trazendo a sensação de acompanhar a história que surgia. A criação dela trouxe a sensação de unidade. A Comunidade Matriz Nossa Senhora Aparecida tem sua característica própria, gente que se conhece da vida toda e que acolhe muito bem todo aquele que chega, o que é bonito de ver e sentir”, conta ela.
O Padre Willis também percebeu esse acolhimento inato aos carangolenses. “A Paróquia é formada por um povo acolhedor, amigo, próximo, de sorriso fácil… Isso é próprio da nossa região. A acolhida é uma das marcas registradas de Carangola com os hospitais e a faculdade. Isso se reflete também na comunidade”. Além disso, na visão do Padre Willis, ser abençoada pela padroeira Nossa Senhora Aparecida e ter presente a devoção da população faz com que haja uma maior união entre todos que a cercam.
A fé das pessoas também foi notada pelo responsável do Clube do Ouvinte. Jean Costa faz parte do quadro de funcionários desde 2015 e os laços estão se fortificando cada vez mais. “O nascimento da Paróquia trouxe mudanças significativas para o crescimento da fé e dos trabalhos de evangelização e sociais para todos”, explica Jean. As alegrias de fazer parte desse lugar são sentidas em todo mundo, inclusive no Marco Antônio Padula, que vê no Padre Willis uma das razões pela igreja ser tão querida. “O ponto positivo é a forma como nosso Pároco, Padre Willis, nos conduz tanto em suas homílias, na parte espiritual, quanto na forma de nos tratar, sempre nos recebendo e ouvindo nossas opiniões, se tornando um amigo sempre presente em nosso dia a dia e em nossa família”, conta Marco.
Marco também destaca o fato da Paróquia ter sido criada no bairro mais populoso de Carangola. “Foi fundamental ter sido construída, pois quando ainda era uma pequena capelinha, as missas realizadas já não acomodavam todos os fiéis. Sendo assim, com a visão extraordinária do Bispo Diocesano, D. Emanuel Messias, foi criada a Paróquia Nossa Senhora Aparecida”, relembra.
A farmacêutica Raiana Mascarenhas já batizou seu primeiro filho na Paróquia e, como está grávida, pretende também introduzir sua filha ao catolicismo no mesmo lugar. “Um dia antes de ganhar o Théo, fui à missa e pedi ao Padre Willis para dar a bênção. Quando o Théo nasceu, levei ele pra ser apresentado na Paróquia também. Gosto de lá e me sinto acolhida!”, reflete ela. Assim como Raiana, muitos discípulos fizeram questão de batizar seus filhos nessa Paróquia que é tão amada pela população
PROJETOS SOCIAIS E CULTURA BRASILEIRA
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida é reconhecida por suas festas juninas, que, por causa da pandemia, não podem ocorrer. O Padre Willis ressalta a importância da igreja no papel de disseminadora da cultura brasileira. “Sempre tentamos celebrar festas populares e trouxemos grupos musicais da região. Trouxemos isso pra dentro da experiência paroquial. Isso faz parte também da motivação dos próprios membros da comunidade que têm essa abertura pra conciliar a vida e a cultura com a fé. A fé não pode estar desligada da vida”, explica. Este ano, com a onda roxa vigente na nossa cidade, a equipe tem focado seus esforços na literatura, procuram doar livros e a catequese utiliza muito dessa área. “Esses elementos contribuem para que os cristãos e os não cristãos sejam seres humanos melhores, que é o nosso objetivo no final de tudo, tornar as pessoas cada vez mais humanizadas”, comenta o padre.
As boas ações da comunidade paroquial se espalham e são sentidas em toda a cidade. A igreja foi sede da AUPS (leia sobre o grupo de caridade aqui) na época pós-enchente, assim como também se tornou um dos pontos de vacinação contra a COVID-19. Mas o “fazer o bem sem olhar a quem” não para por aí. “A Rede Solidária Belém é o coração da nossa comunidade. Somos um grupo de famílias que acolhem pessoas de fora, de enfermos que vêm para os hospitais daqui, mas não têm condições de pagar hotel. Acolhemos nas nossas casas essas pessoas, damos alimentação e as ajudamos a se locomover na cidade. É um histórico da Paróquia a preocupação com as questões sociais, culturais e a espiritualidade. Queremos casar todas essas experiências”, afirma o padre.
Ao se deparar com tantas atitudes e mudanças benéficas para a sociedade, você, caro leitor, consegue perceber que, como bem disse a Marcília, o que aproxima cada um da Paróquia Nossa Senhora Aparecida é o afeto, antes de qualquer coisa. “A capelinha fez parte da minha vida. Para mim, a casa da Mãe apenas mudou de lugar, ganhou espaço para acolher mais gente. Eles são irmãos que fazem meu caminhar ser mais rico”, expressou ela sua gratidão por esse lugar que há sete anos vem mudando as vidas de todos em sua volta.