Microempresas carangolenses do ramo alimentício e de bebidas pedem redução de impostos municipais
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Publicado em 14/04/2021

A Rádio Educativa conversou com empresários que contam as dificuldades que estão tendo durante a pandemia para conseguirem sobreviver e manter os funcionários

 

 

Antes da pandemia, qualquer pessoa que passasse na sexta-feira à noite pelo Santa Emília se deparava com o Bar do Xandão lotado. Adultos no balcão batendo papo com o dono do espaço, famílias com crianças brincando pela praça logo ao lado, a galera que terminou a aula na UEMG e foi se divertir, jovens que aguardavam ansiosamente a sexta para poder sair em Carangola… Se tivesse que definir um point da cidade, o Xandão com certeza seria um deles. 

 

Mais de um ano depois, os tempos são outros. “É difícil manter as responsabilidades sem portas abertas ao público. Tem muitos aluguéis absurdos”, pontua Alexandre Amaral, mais conhecido como Xandão. Embora ele compreenda a necessidade, a restrição de horário e redução de público são alguns dos maiores obstáculos que ele tem enfrentado mesmo tentando vender por delivery. É que, segundo ele, os clientes preferem ir ao bar para desfrutar do momento do que encomendar para beber em casa.

 

O restaurante Bombocado é outro espaço que sempre foi desejado por diversos grupos com o intuito de comemorarem o final de ano com um jantar ou mesmo para o almoço no dia a dia de quem trabalha pela rua. Hoje, com as portas fechadas ao público, encontra-se um vazio no interior do local. “Desde 18 de março, estamos atendendo somente com delivery e isso fez com que nossas vendas caíssem drasticamente”, desabafa Ney Lemos, sócio do Bombocado.

 

Para driblar essa crise, Ney tem focado seus serviços, além do delivery de marmitex, nas vendas de produtos para lanches da tarde e/ou pequenas refeições pra noite. Mas isso ainda não é suficiente para conseguir retornar ao normal o plano financeiro da empresa. Por isso Ney lembra que o governo prometeu uma ajuda, mas nada foi regulamentado até agora. “Ficou somente na promessa”, conta.

 

AUXÍLIOS

 

“O executivo municipal pode ajudar as pequenas empresas com redução de seus impostos e taxas; as concessionárias de água e luz a mesma coisa. O estadual, com a abertura de crédito com juros subsidiados e carência expressiva para início de pagamento. E o federal, com dispositivos como o PRONAMPE e a ajuda para o pagamento dos salários dos nossos funcionários (redução de salário e carga horária)”, sugere o sócio do Bombocado.

 

Xandão assim embaixo e diz: “a redução ou isenção de alguns impostos seria muito viável, porém, sem renda, é improvável a sobrevivência”.

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