Muitos casais tiveram que cancelar ou deixar para depois o sonho da celebração religiosa
Uma? Duas? Quatro? Quantas vezes você já viu um amigo ou familiar seu adiando o casamento por causa da pandemia? É… Não está fácil casar nesse período. Os casais que já vinham sonhando com o grande dia desde 2018 ou 2019, viu tudo ir por água abaixo em março de 2020, quando o coronavírus desembarcou no Brasil.
Jean Costa faz parte da Igreja Nossa Senhora Aparecida e via de pertinho todas essas alterações na agenda da paróquia, inclusive, da sua. Ele precisou postergar três vezes o matrimônio religioso, que finalmente pôde ser realizado no dia 15 de maio, na cidade mineira de Mutum. “As três vezes foram devido ao decreto Municipal e Diocesano, que não permitia a realização do Sacramento do Matrimônio. E com isso resolvemos marcar a quarta vez, oito meses depois”, conta Jean.
Foto: Jean e a esposa entrando na igreja
O receio de não saber quando poderia realizar o casamento, fez com que Jean e a esposa decidissem fazê-lo mesmo com restrição de convidados. Para os que não puderam ir, eles preparam um jeitinho superespecial de participarem dessa data. “Os convidados que não puderam estar presencialmente acompanharam ao vivo pelo Instagram que fizeram especialmente para a transmissão”.
Apesar da crise financeira vivida no país, Jean conseguiu quitar todos os serviços antes mesmo do grande dia, então não teve nenhum empecilho para adiar três vezes serviços como vestido de noiva, terno, maquiagem, etc, assim como Thuany Tavares. Ela já remarcou o casamento e tem uma data vislumbrada lá em agosto deste ano, mas está disposta a deixar o matrimônio religioso para depois quantas vezes forem necessárias até a celebração estar segura. “Iremos adiar até o momento que a maioria dos nossos convidados estejam vacinados e, de certa forma, seguros para comemorar conosco”, assegura ela, que ainda está com a parte religiosa pendente, mas já casou no civil.
Como Thuany e o marido já estavam com tudo preparado para a vida de casados, eles resolveram seguir em frente mesmo com a comemoração sendo adiada. “Nossa casa estava alugada, móveis comprados e duas semanas antes do casamento foi decretada a Onda Roxa pelo governador, obrigando o lockdown geral. Decidimos casar no civil já que estava tudo pronto para nós”, relembrou ela, afinal, independente de quando ocorrerá a celebração, o importante sempre foi ela e o noivo estarem juntos nessa nova etapa da vida a dois.
Para Thuany, o sonho ainda não terminou, ele está apenas num futuro mais distante do que esperava quando noivou. Em agosto, com boa parte dos convidados já vacinados contra a COVID-19, ela pretende estar subindo no altar. “Casaremos no local da festa com uma pastora”, planeja a noiva.
Foto: Thuany e o marido casando no civil