Nesse aniversário do parque, a Rádio Educativa conversou com um guia, que deu conselhos imperdíveis para o seu passeio no local
No dia 24 de maio, o Parque Nacional do Caparaó se tornou sexagenário em meio a uma pandemia. Apesar dos adoradores do espaço não poderem aproveitar todos os cantinhos dele, o guia Ranylson Damas deu dicas para quando tudo for liberado. “Por conta das restrições, o Pico da Bandeira só pode ser alcançado pelo lado de Minas Gerais e durante o dia. O do Calçado e do Cristal não estão podendo ser acessados”, conta. Ver o sol nascer nesses picos é uma visita que vale ser guardada para quando o espaço estiver livre para acesso do público.
Foi por acaso que Ranylson se tornou guia. Ele já tinha ido ao Pico várias vezes desde 2001 e os amigos, percebendo isso, começaram a pedir ajuda durante a trilha. “Depois dos 18 anos, passei a ir muito pra lá, as pessoas entenderam isso e foram me pedindo para levá-las para conhecer o Parque e ter a primeira experiência lá. Em 2009, fiz meu primeiro curso do CMC (Competência Mínima de Condutores) e realizei o segundo em 2018”, relembra. Desde então ele tem feito parte da equipe de guias que atuam no parque.
Atualmente o camping não está permitido, assim como alguns pontos turísticos. E, segundo Ranylson, o acampamento é imprescindível para quem quer ver o sol nascer no Pico da Bandeira. Mas já que esse passeio está suspenso por agora, o guia destaca que há lugares imperdíveis por lá, como o Vale Encantado e a Cachoeira do Aurélio, que estão liberados, e o Pico do Cristal.
A portaria de Minas Gerais está recebendo visitantes todos os dias da semana (exceto às quartas-feiras), com entrada entre 9h e 15h e saída, impreterivelmente, até as 16h. Já a do Espírito Santo tem entrada iniciando às 8h e o término igual ao do lado de Alto Caparaó.
DICAS PARA SUBIR O PICO DA BANDEIRA
“O horário ideal para quem quer ver o sol nascer é estar no parque às 14h do dia anterior. Assim consegue chegar num tempo hábil para levantar o acampamento, ver o espetáculo do sol se pôr e depois ir para o Bandeira assistir o dia amanhecer”, explica Ranylson. A lista do que deve ser levado para ter uma caminhada tranquila até o Pico é longa, mas essencial para não passar frio, conseguir se locomover sem maiores obstáculos e não ficar com fome ou sede.
- Mochila cargueira
- Barraca apropriada (mínimo 1500mm volume de coluna d'água)
- Isolante térmico
- Saco de dormir
- Lanterna (devidamente carregada e/ou pilhas extras)
- Roupas apropriadas para frio
- Calçado fechado
1. Vestuário (tronco e membros):
- Segunda pele (primeira camada)
- Fleecer (segunda camada)
- Anorak ou corta vento (terceira camada)
- Calçado fechado (não traga tênis de telinha)
2. Acessórios:
- Fogareiro
- Gás
- Recipiente para alimentação (prato e copo)
- Talheres
- Squese e/ou camelbek
- Sacolas para lixo
3. Para trilha:
- Comida e lanche de trilha
- Barras de cereais
- Amendoim/ castanha/ granola, etc.
- Isotônico
- Doce (mariola/ bananada, etc.)
4. Caminhada:
- Bastão de Caminha (opcional)
- Capa de chuva
- Protetor solar
- Protetor labial
- Óculos escuro
- Boné / breeze/ bandana
Para contratar o Ranylson como guia e aproveitar a sua primeira ida ao Pico da Bandeira, pode contatá-lo pelo WhatsApp (32) 9 9972 1852 ou pelo Instagram @ranylsondamas. Em funcionamento normal do parque, as contratações dos guias cadastrados e autorizados são tabeladas a partir de 350,00 reais para até 8 pessoas. Mas, de acordo com o Ranylson, “varia de pacote pra pacote”.