A fogueira típica da festa junina é uma célebre convidada na comunidade
Milho cozido, quentão, canjica, caldo verde, pé de moleque, bandeirinhas acima de nós, muito xadrez e aquela baita fogueira são detalhes que não podem faltar no Dia de São João. O santo é padroeiro da comunidade de Barroso onde a Maria Aparecida Ananias é coordenadora e a fogueira é tão importante que já virou a maior tradição da festividade.
“Já tem mais de 90 anos que acendemos a fogueira. O Sr. Germano é quem realizava as festividades com a novena de São João, numa capelinha que existiu antes. Ele também era fogueteiro, então fabricava os próprios fogos que eram usados nos festejos. A fogueira é acesa na véspera, sendo também levantado o mastro com o quadro da imagem de São João, barracas, leilões e brincadeiras de roda. No dia 24, sempre acontece a Santa Missa com procissão, leilões, barracas e muitos fogos”, conta Cida.
Segundo depoimento da Cida, a comunidade já existente há centenas de anos e a história que passa de gerações em gerações é que a princípio era comandada por um senhor de nome Barrosinho, por isso o nome da comunidade é Barroso. “A construção da capela em sua forma atual teve início no dia 25 de outubro há, mais ou menos, 65 anos. Os trabalhos da construção foram realizados pelas pessoas da comunidade tendo à frente o Sr. João Batista da Silva, proprietário do terreno no qual foi construída a capela, contando com a ajuda dos demais moradores que doavam o material necessário, dentre elas a senhora Rita Laviola de Carvalho”, diz a coordenadora.
Com a pandemia, os fiéis deram uma pausa na tradição quase centenária para evitar aglomerações. Mas para a comunidade de São João que já está de pé desde o tempo dos coronéis, dois anos são pouco perto da imensidão dos anos que virão pela frente com os moradores de Barroso em volta da fogueira no dia 24 de junho.