Chegada do período seco exige atenção da população para queimadas
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Publicado em 09/06/2022

Ver o fogo se alastrando em direção à sua casa é de arrepiar e deixar qualquer um desesperado. Em julho do ano passado, Carangola presenciou uma série de queimadas que assustou os moradores de alguns bairros com a proximidade do fogo com as áreas residenciais. Neste ano, o alerta permanece o mesmo nessa época de seca.

 

A Cemig fez uma pesquisa sobre o assunto e os resultados apontaram que cerca de 20 mil clientes (unidades consumidoras) ficaram sem energia entre janeiro e abril de 2022, após 34 interrupções causadas por focos de incêndio serem registradas na área de concessão da empresa no quadrimestre. No mesmo período do ano passado, foram cerca de 30 mil clientes sem energia após incêndios atingirem a rede elétrica, sendo registradas 32 interrupções causadas pelo fogo na área de concessão da empresa. Considerando todo o ano de 2021, foram 936 ocorrências registradas, totalizando 738.140 clientes afetados por queimadas.

 

“A companhia procura reduzir os desligamentos provocados por queimadas que atingem o sistema elétrico, alertando a população a respeito dos riscos e consequências dessa prática, que é mais comum nesta época do ano, caracterizada por baixa umidade e vegetação seca”, explica o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares. 

 

Ele complementa ainda que as queimadas podem prejudicar o fornecimento para hospitais e centros de saúde, tão importantes nesta época de doenças respiratórias e também da Covid, que ainda atinge boa parte da população. “As queimadas danificam equipamentos e tornam o restabelecimento mais demorado, o que pode trazer problemas para todos. Além disso, o alto índice de fumaça produzido pode trazer sérios danos à saúde, principalmente neste momento em que uma doença como a Covid-19 ataca tão severamente o sistema respiratório”, alerta João José.

 

Em depoimento para a Rádio Educativa no ano passado (veja aqui), o coordenador da Defesa Civil na época, Luciano Pavesi, disse que a queimada, “além de afetar o meio ambiente, é crime previsto em lei. Para evitar, é importante manter o quintal limpo. […] A Defesa Civil não tem a expertise de combater o incêndio como o Corpo de Bombeiros, mas pode auxiliar a população que mora perto das queimadas, resfriando os quintais e retirando as pessoas da localidade, se for o caso”.

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