Durante coletiva de imprensa nesta manhã, o governador de Minas Gerais disse que Secretaria da Fazenda estuda esse caso para que ninguém fique desamparado
Como a Educativa havia publicado hoje (veja aqui), Zema decidiu pela entrada de todos os 853 municípios mineiros na onda roxa do Minas Consciente, a fase mais restrita do programa estadual. Na manhã desta terça-feira, 16, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deu um novo pronunciamento durante coletiva de imprensa para explicar como será a implantação das medidas restritivas da onda roxa, anunciada para começar amanhã, dia 17.
Além de estar atento à situação dos empresários e funcionários da área da cultura e entretenimento, ele também ressaltou a importância de uma ajuda para os comerciantes nessa época. “Tivemos uma reunião na semana passada com representantes da área de cultura e entretenimento, que já trouxeram uma série de propostas para que esse setor possa receber algum tipo de auxílio, e isso está sendo analisado também. Nós sabemos que essas pessoas foram as mais afetadas. A Lei Aldir Blanc ajudou muito, mas com essa nova cepa do vírus nós talvez tenhamos que fazer alguma coisa a mais”, informou o governador.
Para ajudar os comerciantes, Zema argumentou que pediu à Secretaria da Fazenda para analisar o que é possível fazer, principalmente, para as micros e pequenas empresas. “Lembrando que no ano passado, fizemos uma ajuda expressiva. Houve uma ajuda para mais de 500 mil pessoas. Foi algo relevante no ano passado, em outubro, novembro e dezembro. Pagamos em três vezes um auxílio”, relatou Zema. Porém, segundo o Estado de Minas, foi pago apenas três parcelas de R$ 39 para famílias em situação de vulnerabilidade no auxílio dado em 2020.
A Cemig e a Copasa também foram contatadas pelo governador, que pediu pela criação de um procedimento especial para quem for prejudicado nesta fase, focando na parte da população que “estará com dificuldade de arcar com seus compromissos”.
Furo na quarentena
Ainda na coletiva, Zema foi questionado sobre o caso do comerciante que furou a quarentena em BH e, de acordo com o Estado de Minas, o lojista disse que prefere “morrer de COVID do que de fome”. Em relação a isso, o governador respondeu: “Eu vejo aí uma pessoa egoísta. Posso até falar 'eu prefiro morrer de COVID', mas tenho certeza que o vizinho dele, pessoas que ele conhece, talvez não pensem como ele. Então não é uma questão só 'o que interessa a mim', é uma questão 'o que eu posso contribuir com os demais'. Ele não está sozinho no mundo não. Cada um é dono da sua vida, mas quando o que você faz coloca a vida dos outros em risco, aí a situação fica diferente”.